Durante a Modernidade, a noção de 'homem' passou por uma série de transformações que repercutiram profundamente nas construções morais da sociedade. O pensamento iluminista, por exemplo, valorizou o uso da razão e o progresso científico, desafiando as tradições e a autoridade religiosa. Essa nova perspectiva teve implicações significativas em diversos campos, incluindo a ética e a política. No romance 'Crime e Castigo', o autor russo Fyodor Dostoevsky explora a psique de um homem atormentado, Raskolnikov, que acredita estar acima das leis morais comuns, justificando a si mesmo a possibilidade de cometer um assassinato por sua 'grandeza' e 'utilidade social'. Em um trecho da obra, o personagem Sonia, ao contrário de Raskolnikov, parece encontrar sua moralidade e redenção no âmbito da fé religiosa, servindo como contraponto ao questionamento: 'Pode a moralidade ser definida unicamente pelos imperativos da razão, ou ela necessita de um fundamento transcendental para ser plenamente estabelecida?' Considerando as transformações morais propostas pela Modernidade, analisando o pensamento filosófico iluminista e o contexto literário de 'Crime e Castigo', discuta como essas perspectivas podem influenciar a compreensão contemporânea da moralidade e seus desafios nas relações sociais, levando em conta aspectos históricos, filosóficos e literários.
Moral do Homem Moderno • 'EM13CHS201'